Edição 111 - Normas Técnicas

Título

Dimensionamento de vigas de concreto armado com barras de FRP segundo a Prática Recomendada IBRACON/ABECE 2021 e ACI 440.1R (2015)

Autores

MAZZÚ, Amanda D. E.; DALFRÉ, Gláucia M.; POSSAN, Edna

Palavras-Chave

fiber reinforced polymers, concreto, vigas, dimensionamento, norma.

Resumo

Nos últimos anos tem crescido no Brasil o interesse na pesquisa e utilização de armadura de FRP (Fiber Reinforced Polymer – Polímero Reforçado com Fibras) em estruturas de concreto armado, tendo em vista suas vantagens com relação à resistência à corrosão apresentada por este material. Recentemente foi publicada a primeira recomendação nacional para o uso deste material como armadura e encontram-se em desenvolvimento normas ABNT para orientar o projeto de estruturas com armadura de FRP e a caracterização deste tipo de material. Assim, este trabalho tem como objetivo apresentar a metodologia para o dimensionamento de vigas de concreto armadas à flexão com armadura de GFRP (Glass Fiber Reinforced Polymer – Polímero Reforçado com Fibras de Vidro) com o uso da Prática Recomendada IBRACON /ABECE (2021) e da norma americana ACI 440.1R (2015), posteriormente comparando os resultados teóricos a resultados experimentalmente obtidos. Foi possível concluir que os modelos utilizados previram com acerto o modo de ruína obtido experimentalmente e permitiram o dimensionamento seguro das vigas analisadas.
Porém, estes por si só não são capazes de reproduzir fielmente o comportamento do concreto ao longo do tempo, conforme literatura experimental a respeito do tema. Assim, para o cálculo dos efeitos diferidos, este trabalho utilizou as formulações do Model Code 2010 e para o cálculo da redistribuição de tensões foi aplicado o Método do Módulo de Elasticidade Ajustado, tornando a análise mais prática.
Ao final, empregou-se a geometria dos pilares-parede do trecho estaiado da Ponte Juscelino Kubitschek, localizada em Brasília--DF , como parâmetro para a quantificação da redistribuição de tensões. A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que o aumento de tensões produzido pelos efeitos diferidos é significativo e pode aumentar em até 212 MPa as tensões no aço, representando um risco de flambagem em pilares sob efeito de manifestações patológicas.

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