Edição 102 - Análise de uma estaca cravada por 25 anos

Título

Análise de uma estaca cravada por 25 anos

Autores

LUIZ HENRIQUE FELIPE OLAVO – Engenheiro Civil
ENSOLO Engenharia de Solos e Fundações Ltda - Centro Universitário UniCuritiba, Centro Universitário I

Palavras-Chave

durabilidade de concreto armado, neutralização, carbonatação, estacas pré-moldadas.

Resumo

Apresenta-se um estudo de caso de obra de uma cortina de estacas pré-moldadas de seção retangular 18 x 40 cm, que foram cravadas em comprimentos alternados de 3 e 5 metros para contenção de um
subsolo em um terreno, que foi paralisada e abandonada, em agosto de 1995, sendo que as estacas permaneceram ainda sem arrasamento no terreno. No ano de 2020, este terreno foi comprado, sendo
previsto um novo empreendimento no mesmo local. Este novo edifício previa pilares carregados apoiados sobre esta cortina e, para esta mudança, constatou-se que as estacas estariam curtas. Optou-se por extrair as estacas de 3 metros, possibilitando a execução de estacas mais longas entre as de 5 metros. No caso da obra, o pH medido no local, com uso de papel de pH, foi de 6. Por conter bastante
matéria orgânica e possuir cor escura, era esperada a presença de ácidos originários da decomposição da matéria orgânica e que se encontram diluídos no lençol freático local ou na umidade do solo.
Portanto, após 25 anos, aproveitou-se para verificar a espessura neutralizada do cobrimento de concreto das estacas extraídas. No trecho de estaca exposto ao ar foi encontrada uma espessura de
4 mm, no trecho de estaca imersa em solo orgânico, de 3 mm, mas no trecho em solo residual da formação Guabirotuba, de apenas 1 mm. Os solos da formação Guabirotuba possuem a característica
de um aquitardo, ou seja, um solo onde, mesmo que exista água, não possui permeabilidade suficiente para que esta água se mova por entre seus grãos, protegendo assim o concreto da estaca.

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